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Volta às aulas: Sol e Maressa falam sobre a história e o uso dos livros didáticos

 

Volta às aulas: Sol e Maressa falam sobre a história e o uso dos livros didáticos

 

ilustração para o texto: O uso do livro didático

 

A Sol começou a arrumar seu material para a volta às aulas. Enquanto guardava os livros na mochila, pensou: quem será que inventou essa de a gente ter de usar livros didáticos? E como que eles chegam até nossa escola? Curiosa do jeito que é, pediu ajuda para a Maressa, e as duas reuniram uma série de informações que a Turminha vai dividir aqui com você.

 

Surgimento

 

O livro didático surgiu como complemento aos livros clássicos de literatura utilizados na escola. Primeiramente era buscado para ajudar na alfabetização e na divulgação das ciências, da história e da filosofia. A sua evolução se deu de acordo com os novos paradigmas educacionais, tendo em vista a necessidade de o professor tê-lo como um apoio no processo de ensino e de aprendizagem dos estudantes. Em 1985, o Ministério da Educação criou o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que vem ao longo dos anos se aperfeiçoando para atingir seu principal objetivo: educação de qualidade (siga lendo para entender um pouco mais sobre o PNLD).


 

Livros didáticos nas escolas públicas

 

A distribuição dos livros didáticos é feita diretamente pelas editoras às escolas, por meio de um contrato entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Essa etapa faz parte do PNLD e conta com o acompanhamento de técnicos do FNDE e das secretarias estaduais de educação.

 

O livros normalmente chegam às escolas entre outubro do ano anterior e o início do ano letivo. Nas zonas rurais, as obras são entregues na sede das prefeituras ou das secretarias municipais de educação, que devem repassar os livros às escolas locais.

 

Você sabia que o livro que você usa durante todo o ano letivo percorre um longo caminho até a sua sala de aula?

 

Os livros que acabam de ser distribuídos nas escolas públicas do país começaram a ser produzidos há seis anos. As principais etapas do processo são:

1. Em parceria com a editora, o autor desenvolve um projeto e escreve o livro.

2. A editora inscreve o livro no PNLD, programa do MEC. Um instituto contratado pelo Ministério avalia os padrões técnicos, como qualidade de impressão, e uma junta de especialistas de universidades públicas aprecia o conteúdo.

3. Os livros aprovados pelo MEC são incluídos no Guia do Livro Didático, que é enviado às escolas. Os professores escolhem os que vão adotar com base nessa lista.

4. O MEC encomenda às editoras os livros solicitados pelos professores.

5. Os livros são impressos em diferentes prazos estabelecidos pelos Correios. A ideia é evitar que fiquem armazenados em depósitos antes de chegar às escolas, o que encareceria o processo.

6. Os Correios passam às editoras instruções sobre o número de livros que deve conter cada pacote e enviam as etiquetas com o endereço a ser fixado na embalagem.

7. Por meio de carretas, os Correios se encarregam do transporte dos livros das editoras, a maioria delas em São Paulo, para galpões em 95 cidades brasileiras.

8. Os livros partem de lá para os 5.564 municípios brasileiros a bordo de caminhões, barcos, balsas e até charretes, dependendo do destino.

9. Apenas 173 mil livros se deterioram no caminho, algo como 0,2% do total transportado por 2644 carretas, 4346 Kombis e vans, 418 caminhões e 100 barcos (números levantados em 2009).

10. Precisão: menos de 1% dos livros chega trocado ou é entregue no endereço errado.

11. O processo se repete: a entrega ocorre anualmente, mas uma mesma série só recebe novos livros depois de três anos. Nesse período, os velhos exemplares são reutilizados.
 

Conservação

Para que todos possam utilizar os livros, você deve cuidar bem dele, assim no ano seguinte ele poderá auxiliar outro colega em suas atividades. A Maressa procurou dicas de como conservar melhor os livros e aqui estão algumas que ela reuniu para a gente:

 

- Não arranque páginas, nem rabisque ou faça grifos;

- Não deixe-os em qualquer lugar, para não amassar;

- Não use grampos, clipes, elásticos ou objetos espessos entre as páginas, nem as dobre.

 

Luz - A luz causa desbotamento, além de outros danos, em todo tipo de acervo, inclusive – e de forma drástica – sobre obras em papel. Então:

- Mantenha as obras em lugares fora do alcance de radiação luminosa;
- Quando não há possibilidade de manter as condições ideais de iluminação, recomenda-se instalar bloqueadores de luz nas janelas e filtros para radiação UV nas luminárias.

Odor - Para remover o odor desagradável de livros velhos, siga os seguintes passos:

- Certifique-se de que eles estejam bem secos;
- Coloque-os em local fresco e seco por algumas horas;
- Se o cheiro persistir, coloque-os em contêiner aberto (caixa de papelão, de polietileno, etc), dentro de outro maior, com tampa, e com recipiente contendo bicarbonato de sódio. Não permita que o bicarbonato encoste nas obras. Deixe assim por alguns dias, em lugar fresco. Vistorie uma vez ao dia para certificar que não há desenvolvimento de esporos de fungos (mofo).

 

 

Troque ou venda seu livro usado

 

Assim como os livros das escolas precisam ser bem cuidados, os que você possui em casa também. Às vezes possuímos vários livros em casa que já lemos ou usamos na escola e não são mais de nossa série. O que você acha de dar oportunidade a outra pessoa de se aventurar pelas histórias e adquirir conhecimento através desses livros?

 

Como? Uma boa ideia é trocar livros com os amigos ou mesmo emprestar para os colegas de série anterior a sua. Mas você também pode ir até um sebo (livrarias que compram, vendem e trocam livros usados) e, além de vender o livro que você já usou, aproveitar para adquirir outros. Peça ajuda aos seus familiares para encontrar o Sebo mais próxima da sua cidade.

 

 

Fontes:

O longo caminho até a sala de aula

Livro Didático: História, importância e possibilidades

MEC


Assista: A História de um Livro Didático

 

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