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Importantes poetas brasileiros

Olá! Aqui estão as informações que pesquisei sobre importantes poetas brasileiros. Mas, são só alguns nomes. Vocês também podem pesquisar e, principalmente, ler as poesias que escreveram. Rod

 

Antônio Frederico de Castro Alves - Nasceu no dia 14 de março de 1847, em Curralinho (BA). Quando se mudou para o Recife, iniciou a faculdade de Direito. Era conhecido por ser um poeta defensor das causas abolicionistas; seus poemas sobre a escravidão eram exaltados em festas e reuniões.Trecho da poesia "A duas flores":

"São duas flores unidas.
São duas rosas nascidas.
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo, no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol."

 

Alberto de Oliveira – Seu nome verdadeiro é Antônio Mariano de Oliveira. Ele era professor, farmacêutico e poeta, publicou seu primeiro livro em 1878, “Canções românticas”. Foi eleito o Príncipe dos poetas brasileiros. Abaixo, trecho do poema “O Vaso Chinês”:

“Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.”



Gonçalves Dias – Foi um grande poeta da geração romântica. Deu romantismo e nacionalidade à literatura brasileira. É lembrado pela “Canção do Exílio":

“Minha terra tem palmeiras,
Onde Canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorgeiam como lá."
 

Carlos Drummond de Andrade – Drummond sem dúvida, é considerado o poeta mais influente da literatura brasileira até hoje. Algumas de suas poesias são sempre compartilhadas em redes sociais como Twitter ou Facebook. Ele escreve o poema-piada, porque sempre trata com ironia a sociedade e seus costumes. Confira trecho de "O Macaco bem informado":

“Pergunta a este macaco teu passado
e ele dirá o certo e o imaginado.
O que te sucedeu na estranha lura
jamais vista de humana criatura.”

 

Casimiro de Abreu – Pertenceu à segunda geração do romantismo. Escreveu pouco, mas seus poemas giravam em torno do amor, da tristeza da vida e da saudade da infância, como retrata o poema “Meus Oito Anos”:

“Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!”

 

Cecília Meireles – Cecília foi uma das poetas mais preocupadas com a sensibilidade infantil para a poesia. Criou a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro. Ela escreveu o livro “Criança, meu amor”. Segue trecho do poema “O Meu Pomar”:

“O meu pomar seria assim: todo aberto, para todos. E, quando o outono chegasse e as árvores ficassem cheias de frutos amarelos e vermelhos. Nenhum pobrezinho teria forme, nenhuma criança choraria de sede, passando pelo meu pomar...”


Jorge de Lima – Antes de começar a escrever poemas de fato, Jorge de Lima foi médico e servidor público no estado de Alagoas. Também sabia muito de artes plásticas, mas foi com o poema “Essa Negra Fulô”
que fez grande sucesso:

“Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
— Vai forrar a minha cama
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô! “

 

Manuel Bandeira – Tinha um estilo simples e direto de escrever. Era o mais lírico dos poetas. Seus poemas tinham um sentimento de tristeza, mas que procuravam uma forma de sentir a alegria de viver.
Abaixo, trecho de "O Último Poema":

“Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume”


Mário de Andrade – Era um excelente escritor, num estilo rápido e solto, lutava por uma versão nova, uma versão moderna de escrever poesia. Tinha um jeito sério e brincalhão de escrever, não gostava de rima.
Confira o trecho do poema "A Meditação sobre o Rio Tietê":

“Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gatos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... É a emaranhada forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude."


Mário Quintana – Quintana foi jornalista por muito tempo, traduziu muitos livros, mas era considerado mesmo um “poeta das coisas simples”. Seu primeiro livro de poesias - A Rua dos Cataventos - o lançou como autor infantil. Veja um trecho do poema  "Dorme Ruazinha":

“Dorme…Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso persegui-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…”


Olavo Bilac – Membro-fundador da Academia Brasileira de Letras. Tinha grande preocupação que seus poemas fossem perfeitos, e pode-se ver que alguns poemas possuem uma beleza pelo ritmo e som das palavras. Bilac também foi um dos maiores defensores da abolição da escravatura.
Trecho de “A Borboleta”:

“Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
“Mamãe vê como é bonita!
“Que cores e que tamanho!”

Vinícius de Moraes - Nasceu em 1913 e faleceu em 1980. Todos podem saber mais sobre Vinicius de Moraes e ler as poesias que ele escreveu no site: http://www.viniciusdemoraes.com.br/site.
Além de poesias, Vinícius escreveu canções infantis como "A Casa":

"Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada..."

Entre as famosas poesias de Vinícius está "O Operário em Contrução":

"Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo,
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão."


Cora Coralina - Seu nome verdadeiro é Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas e seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi publicado aos 76 anos de idade. Ana era uma mulher simples, sua inspiração para escrever era o cotidiano do interior brasileiro, o folclore. Desconhecia a gramática, era mais preocupada com a mensagem que queria transmitir.
Segue trecho da poesia "Não sei":


“Não sei... se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia...”


João Cabral de Melo Neto – Pode até causar estranhamento a quem espera uma poesia emotiva, já que escreve uma poesia objetiva e mais comunicativa. Veja um trecho do poema Morte e Vida Severina:

 “O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria...”