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Vamos cuidar dos nossos dentes?

Em 25 de outubro comemora-se o dia Nacional da Saúde Bucal, e a Turminha do MPF aproveita a data para explicar aos seus amiguinhos porque é tão importante cuidar da higiene dos dentes, da gengiva e da boca. Muitas crianças ficam cansadas de ouvir os pais perguntarem: você  já escovou os dentes? Principalmente antes de irem dormir, muitos pais querem ter certeza de que os filhos foram se deitar com os dentes limpos, não é mesmo?

Hoje vamos explicar para você porque eles se preocupam tanto com isso. Você já ouviu falar na placa bacteriana? Ela é uma película pegajosa e incolor, formada por bactérias e açúcares, que fica sobre os dentes. Não se assuste pensando que ter bactérias nos dentes é algo horrível, pois todos nós temos placa bacteriana. Nossa boca está repleta de bactérias, que aproveitam os nutrientes dos alimentos que ingerimos e aqueles contidos na saliva para se desenvolver.

Você sabe o que é uma cárie?

Fases do desenvolvimento da cárie - A cárie se forma quando os açúcares e amidos que estão em alimentos como bolachas, biscoitos, doces, refrigerantes e batata frita combinam-se com a placa bacteriana e produzem substâncias ácidas que atacam o esmalte do dente. Quando a cárie surge, ela é apenas uma mancha branca e pode ser remineralizada sem restauração, mas se não for tratada, transforma-se em um buraco que pode se aprofundar e atingir a polpa do nervo do dente, provocando inflamação e dor. Em fases mais avançadas, a cárie pode destruir completamente o dente.

Na cárie de esmalte, o ácido da placa bacteriana dissolve o esmalte do dente e causa um pequeno buraco, mas não provoca dor. A cárie de dentina é aquela que ultrapassou o esmalte, que é bastante duro, e atingiu a dentina (o marfim dos dentes, que circunda a polpa dentária e está recoberto por esmalte). Nesse estágio ela provoca dor e, por isso, na maioria das vezes, se não temos o hábito de ir ao dentista, só vamos perceber que estamos com uma cárie quando ela já afetou a dentina e está doendo. Se não for tratada nessa fase, a cárie ainda pode atingir a polpa do dente e provocar infecção e abscessos (bolsas de pus) no tecido ósseo, abaixo da raiz do dente. O tratamento apropriado para esta fase é o de canal.

Gengivite - Além de provocar cáries, a placa bacteriana, se não for retirada com uma boa escovação e o uso do fio dental, começará a irritar a gengiva ao redor dos dentes, causando gengivite, uma inflamação que incha, sangra e deixa vermelha a gengiva. Se não for tratada, a gengivite pode evoluir para uma infecção do tecido que fica abaixo da gengiva e atingir o osso alveolar, que envolve e segura os dentes. Isto pode fazer com que os dentes fiquem abalados, caiam ou tenham que ser extraídos pelo dentista.

Tártaro – A falta de uma escovação correta e do uso do fio dental também pode provocar a formação do tártaro, que é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes ou sob a gengiva.  Além de prejudicar a saúde dos dentes e das gengivas, o tártaro é um problema estético, pois é feito de uma substância porosa que absorve as manchas com mais facilidade, principalmente quando as pessoas fumam ou tomam chá ou café.

Ao contrário da placa bacteriana, que é uma película incolor, o tártaro é uma formação mineral que podemos ver facilmente se ele estiver acima do nível da gengiva. Pode tomar uma cor marrom ou amarela na região dos dentes próxima à gengiva e, depois de formado, só o dentista pode retirá-lo. O processo de retirada do tártaro, feito com instrumentos especiais, é conhecido como "raspagem".

A boa alimentação - Para prevenir as cáries, o tártaro e a gengivite, precisamos remover a placa bacteriana com a boa escovação dos dentes e o uso do fio dental, mas não só isso. Uma alimentação equilibrada também é importante para termos dentes fortes e resistentes, e para isso devemos comer alimentos que contenham várias vitaminas e sais minerais, cálcio e fósforo, assim como evitar ingerir açúcar e amido com muita frequência, especialmente se eles grudam nos dentes. É melhor comê-los durante as principais refeições, e não entre as refeições, porque a saliva extra produzida durante a refeição evita que os resíduos alimentares se depositem nos dentes.

A escovação - Para remover a placa bacteriana e proteger seus dentes, você deve escová-los ao menos três vezes ao dia.  Com uma escova de cerdas macias, escove a superfície interna de cada dente, onde o acúmulo da placa bacteriana é, geralmente, maior, e também a superfície externa. A escovação deve alcançar todas as superfícies dos dentes. Use a ponta da escova para limpar atrás de cada dente frontal, na arcada superior e inferior, fazendo movimentos para cima e para baixo. Escove a parte de cima dos dentes (superfície mastigatória) com movimentos de "vai-vem". 

Sempre escove os dentes na direção em que nascem, isto é, de cima para baixo, no caso da arcada superior, e de baixo para cima, na arcada inferior. É importante massagear a gengiva enquanto você escova os dentes e escovar também a língua para retirar as bactérias e refrescar o hálito. Utilize uma pasta de dentes que possua flúor e, de vez em quando, varie com outra marca que não contenha a substância.

Os dentes permanentes - Aos 6 anos nascem os primeiros molares permanentes. É importante prestar atenção para a escovação desta área, pois esses dentes são os mais atingidos por cáries, devido à falta de higiene adequada, e a perda deles é bastante prejudicial à arcada e oclusão (fechamento da boca) futura. Eles são frequentemente confundidos com os dentes de leite, mas podem ser reconhecidos porque nascem atrás dos molares de leite, tem um volume bem maior e sua cor é geralmente mais amarelada.

A troca dos dentes de leite pelos dentes permanentes deve ser acompanhada pelo dentista, pois assim ele poderá diagnosticar precocemente qualquer anormalidade. Embora os pais não costumem dar muita importância aos dentes de leite, porque sabem que eles serão logo substituídos, a perda prematura deles e os processos infecciosos podem prejudicar a dentição permanente.

Fio dental - A escovação, por mais eficiente que seja, não consegue remover os resíduos depositados nas áreas entre os dentes e abaixo da gengiva. Essas partículas de alimentos formam uma placa bacteriana que facilita o surgimento das cáries e do tártaro. Por isso, a higienização dentária só poderá ser completa se for usado o fio dental.

Corte um pedaço do fio, enrole-o nos dedos médios de ambas as mãos e o espaço contido entre os dedos será utilizado para limpar as áreas de contato dos dentes e entre o dente e a gengiva. Repita esse movimento várias vezes entre todos os dentes. O fio deve passar entre os dentes com suavidade e sem desfiar.

Flúor - O flúor é uma das melhores maneiras de evitar as cáries. Trata-se de um mineral natural que ajuda a fortalecer e proteger o esmalte do dente contra os ataques ácidos da placa bacteriana, mas só deve ser usado com a recomendação do dentista. Existem várias formas de usá-lo. Pode estar contido na água que abastece a sua cidade, nas pastas de dente, nos anticépticos bucais usados para fazer bochechos diários ou semanais ou pode ser aplicado diretamente sobre os dentes pelo dentista.

Muitas empresas de distribuição de água adicionam a quantia de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Você pode ligar para aquela que distribui água no seu município para saber se a água que abastece sua cidade contém flúor e em qual quantidade. Se ela não recebe flúor, ou não contém a quantidade adequada, seu dentista poderá recomendar gotas de flúor, um enxaguante bucal ou um creme dental com flúor.

Quando você for escovar os dentes, use pouca pasta dental e nunca e a engula, pois o flúor contido nela, se ingerido em grande quantidade, pode ser tóxico e prejudicial ao desenvolvimento dos dentes. Evite também mastigar chicletes ou morder objetos estranhos, pois podem causar bruxismo (ranger os dentes durante o sono). E não se esqueça de visitar o dentista regularmente para fazer limpeza e exame completo dos dentes.

Fontes:

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